01/06/2021 | 02:06:08
A pandemia da Covid-19 mudou a rotina do mundo há mais de um ano, fazendo com que pessoas e serviços se adaptassem à nova realidade imposta pelas consequências do vírus. No âmbito do Sanep, não foi diferente: em março de 2020, todos os servidores pertencentes ao grupo de risco da doença foram afastados do ambiente de trabalho ou indicados à atuação remota em casa, considerando a natureza da atividade profissional.
Pensando em fortalecer os vínculos e acompanhar as condições físicas e mentais dos cerca de 140 trabalhadores nesta condição, a autarquia mantém um projeto interno de saúde ocupacional, que consiste em contatos telefônicos e atendimentos voltados à realidade de cada servidor, pertencentes, em sua maioria, ao quadro operacional.
A ação integra o projeto SanepMais – uma campanha de integração entre os funcionários. A diretora-presidente da autarquia, Michele Alsina, salienta que a iniciativa busca potencializar as capacidades individuais dos profissionais, priorizando a humanização, a fim de qualificar o trabalho coletivo prestado à população.
“O monitoramento destes servidores afastados ou em home office se soma ao projeto amplo do Sanep, de aproximação e acolhimento do pessoal”, destaca Michele.
O telemonitoramento é feito periodicamente pelo departamento de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) e pelo serviço de Assistência Social da autarquia. Além de contatos telefônicos, o atendimento terapêutico inclui o encaminhamento a serviços e visitas domiciliares para auxílio, quando necessário, explica a responsável pelo setor e terapeuta ocupacional, Andressa Farias.
“Os servidores estão felizes pela preocupação que o Sanep está tendo com eles e recebem o projeto com carinho. Conversam durante horas, fazem sugestões, buscam notícias sobre os colegas e pedem orientações sobre a vacinação e a situação geral da pandemia”, acrescenta. A intenção, de acordo com Andressa, é estar próximo destas pessoas no processo de reorganização da rotina e de reinserção ao ambiente de trabalho posteriormente, considerando a mudança no dia a dia das atividades laborais.
A assistente social Aline da Fonseca ressalta que o afastamento do trabalho provoca significativas alterações em diferentes aspectos da vida, já que a partir dele as pessoas estabelecem seu cotidiano, constroem amizades e vínculos. Por meio de visitas domiciliares – apenas em áreas abertas e mantendo as medidas de distanciamento e prevenção –, é possível conhecer melhor a realidade de cada profissional, aponta ela. “O trabalho social procura fortalecer o sentimento de pertencimento e acolhimento, fazendo com que os servidores e suas famílias não se sintam sozinhos. Nesse contexto de afastamento em função da pandemia, isso é um ato de cuidado”, conclui Aline.
A segunda etapa da ação prevê o acompanhamento destes servidores até um ano após o retorno ao trabalho presencial – quando ele for permitido –, como medida de monitoramento dos efeitos da pandemia. O projeto auxiliará os profissionais em relação a protocolos e cuidados com a saúde durante a reorganização das atividades após o afastamento.